domingo, 19 de outubro de 2014

4 - Estratégias... - 4.2 - Utilizar a Mídia Comercial e Corporativa para Induzir os Eleitores a Votar nos Partidos e Políticos Alinhados com os Interesses das Elites

4 - ESTRATÉGIAS DA ELITE ECONÔMICA PARA TRANSFORMAR A
CLASSE MÉDIA EM MASSA DE MANOBRA E RETARDAR O 
DESENVOLVIMENTO DO PAÍS
4.2 – UTILIZAR A MÍDIA COMERCIAL E CORPORATIVA PARA INDUZIR OS ELEITORES A VOTAR NOS PARTIDOS E POLÍTICOS ALINHADOS COM OS INTERESSES DAS ELITES

Ninguém duvida hoje em dia da influência que a mídia exerce em todos os aspectos da vida da população. O poder que a mídia tem pode ser utilizado tanto para o bem como para o mau. Quando usado para o bem, respeita a ética e o senso crítico das pessoas. Quando usado para o mau, tudo é possível. Na propaganda comercial, por exemplo, cria demanda por produtos não necessariamente úteis. No âmbito político, caberia à mídia realizar uma cobertura centrada em fornecer informações confiáveis e equitativas sobre os partidos e os candidatos, de forma a permitir que os eleitores decidissem sobre seu voto seguindo suas tendências políticas e utilizando seu senso crítico.
No cenário brasileiro atual, a grande mídia - comercial e corporativa - está alinhada com os interesses da elite empresarial, a quem interessa a eleição de partidos e candidatos que defendam políticas econômicas neoliberais. Ao invés de fazer uma cobertura ética das campanhas eleitorais, essa grande mídia manipula as informações de forma a induzir os eleitores a se identificarem com os partidos e candidatos financiados e apoiados por essa elite. A grande mídia não divulga, por exemplo, que a política econômica neoliberal é considerada por especialistas internacionais como inapropriada para os países em desenvolvimento, por gerar desemprego e aumentar as desigualdades sociais.
As classes média e rica, mantidas convenientemente mal informadas pela mídia manipulativa, defendem, como se fossem seus, interesses que pertencem exclusivamente às elites. Formadoras que muitas vezes são de opinião dos integrantes das classes mais baixas, levam essas classes a também defenderem interesses que lhes são altamente prejudiciais.
Para exemplificar, vou repetir uma observação já feita em uma postagem anterior: ainda que os rendimentos das classes média e rica sejam mais elevados e suas condições de vida razoáveis, eles não pertencem à elite econômica e não levam nenhuma vantagem por viver em um país subdesenvolvido. Seus rendimentos sofrem pouco ou nenhum impacto em razão dos baixos rendimentos recebidos pelas classes baixas, Em compensação, mesmo ganhando bem, por viver em um país subdesenvolvido eles sofrem todos os transtornos típicos de países subdesenvolvidos, tais como a violência – fruto direto da desigualdade social acentuada - e a precariedade em todos os serviços públicos. Já para a elite econômica, nacional e internacional, países subdesenvolvidos só trazem vantagens. Eles estabelecem empresas e subsidiárias nesses países justamente para potencializar seus ganhos, às custas da exploração da mão de obra local. Seus lucros aumentam exponencialmente em países com mão de obra barata e poucos direitos. E eles sequer sofrem com os transtornos dos países subdesenvolvidos. Têm pouquíssimo contato com os integrantes das classes baixas e seu poderio financeiro lhes permite, entre outras prerrogativas, enviar seus filhos para estudar no exterior, ter acesso aos melhores tratamentos de saúde, se cercar dos mais modernos sistemas de segurança. E, se for de seu interesse, podem manter residências alternativas em quaisquer outros países do mundo que desejarem.

Transcrevo a seguir trechos extraídos de artigos da Internet, versando sobre o papel da imprensa na sociedade atual.
Wikipedia – texto completo: http://pt.wikipedia.org/wiki/Quarto_poder
O quarto poder é uma expressão utilizada com conotação positiva de que a Mídia (meios de comunicação de massa) exerce tanto poder e influência em relação à sociedade quanto os Três Poderes nomeados em nosso Estado Democrático (Legislativo, Executivo e Judiciários).

observatóriodaimprensa – por Reynaldo C. Carvalho Netto - Texto integral:
... Por muitos anos, o quarto poder recebeu o título de “voz dos sem vozes” e seus representantes sofreram grandes retaliações por diversos segmentos, o que não impediu que se mantivesse como forte contrapeso na balança social com os demais poderes. A mídia, com suas ferramentas de alcance e representatividade, seria “os olhos e ouvidos” da humanidade, a vontade e opinião do povo. 
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O quarto poder hoje é orientado por um feixe de grupos econômicos e financeiros planetários e de empresas globais. A revolução midiática agrupa uma imprensa centralizadora e por vezes totalitária, imprensa que já possui autonomia e autoridade e controla o fazer jornalístico, cinematográfico, editorial, como um tentáculo sem fim.
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Contrariamente ao que se pensava, a censura não é uma arma exclusiva de regimes autoritários... O quarto poder do século 21 instala entre a informação livre e o espectador obstáculos ... em uma espécie de “manobra” para que o receptor não perceba quais outras informações lhe são ocultadas e dissolvidas pela “censura”.
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Esse mecanismo atrofia inclusive o desenvolvimento intelectual da “massa”, bloqueando o caminho e a construção de uma opinião pública realmente formada e consistente.
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O quarto poder não representa mais – não em sua totalidade – o conceito de fiscalizar os poderes e nortear os cidadãos. Por ele agora passam filtros que são geridos por interesses particulares, amputando informações, direcionando olhares, minando o funcionamento intelectual, em uma verdadeira democracia de faz de conta.
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Mas o ponto positivo do cenário pós-moderno é que aos poucos os cidadãos enxergam mais claramente com olhos desconfiados as ações das grandes mídias

meuartigo.brasilescola – por Genaro Portugal Ciotola
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Devido a necessidade de uma soma considerável de capital para tornar realidade a constituição de uma emissora, fica fácil entender por que a tevê no Brasil já nasce oligopolizada, bem ao estilo do modelo de desenvolvimento econômico que se desenhava para o país. A princípio, ela é fruto do agigantamento das corporações jornalísticas nacionais, que, naquele momento, já agregavam, além de jornais, revistas e editoras, também emissoras de rádio.
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Eles são representantes de tradicionais famílias ligadas à economia de exportação de gêneros primários ou membros de segmentos das classes médias, descendentes de imigrantes, que fizeram fortuna trabalhando com atividades comerciais. Seus filhos buscam na educação formal, principalmente com o bacharelado em Direito, desenvolver atividades profissionais de interesse para a manutenção do status quo. Encontraram na política de concessões o acesso ao poder político ou ao status almejado.
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Vivemos um circulo vicioso, pois não existe interesse em abrir-se um debate mais profundo sobre o papel da midia.



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